sábado, 8 de janeiro de 2011

CRIAÇÃO



O longa-metragem, lançado em 2010, busca apresentar a síntese de uma das obras mais originais de toda a história do pensamento: "A Origem da Espécies" de Charles Darwin. Nele é narrada toda a trajetória dramática da pesquisa do naturalista britânico, que sabia que suas ideias gerariam muita polêmica,  e que portanto, deveriam ser realizadas sigilosamente. Embora seu mais proeminente livro fosse um choque para a sociedade vigente à época, logo ganhou visibilidade na comunidade científica mundial, dada a sua genialidade. 

A noção denominada hoje por darwinismo não fora constituída pelo cientista, mas por aqueles que interpretaram sua obra (ou viam nela um refúgio para suas  próprias conjecturas). Darwin nunca pretendeu por em choque as concepções sobre a origem da vida, ele era  apenas um homem importunado por questionamentos de sua mente, os quais o levara a investigar incansavelmente a realidade por ele observada (e é aqui que entra o pressuposto filosófico), ele ousou "xeretar" a vida com as ferramentas que possuía.  Estudou medicina e teologia e por isso mesmo nunca supôs que a Seleção Natural fosse a fonte criadora, pois, para haver seleção natural deveria haver algo a ser selecionado. Então, não se tratava de colocar em oposição deus e a teoria da evolução, mas, de entender como poderia existir tamanha variedade de espécies vivas, tão complexas e tão distintas, tão  semelhantes e tão únicas. (Na verdade não há sequer um ser repetido na natureza. Repetir representa limitação, mas, a Fonte Criadora é inesgotável.) Esse "maravilhamento" é o que inquietava Darwin.

Nenhum comentário:

Postar um comentário